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A mostrar mensagens de setembro, 2005

O mar de Susan

Ano de 1820 - Outono - Inglaterra - cidade de Carlisle É noite cerrada... está Lua cheia e um suave nevoeiro. Espero-te à janela, de onde consigo ver o porto, onde atracas o teu barco. Mal começas a aproximar-te de terra, pegas na tua lanterna e fazes o que combinámos. Acendes e apagas três vezes de seguida, para que saiba que és tu. Porque demoras tanto?! Começo a ficar preocupada...ainda para mais, esta manhã dispensou o resto da tripulação. Disse-lhes para passarem o dia com as famílias, que tinha coisas para fazer. Pelo menos foi o que me disse Sasha, o cozinheiro que pertence à tripulação. Está a ficar tarde... tenho de arranjar forma de sair de casa, sem que me vejam e sem fazer baralho. Pela janela de um dos quartos, com alguma dificuldade, consegui descer. Isto de ter de andar de vestido até aos pés, não é fácil. Já basta ter de suster a respiração vezes sem conta durante o dia, para não morrer sufocada com o corpete. Fui a correr até ao porto, para saber notícias tuas. Encontr

Auto-crítica

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bostonjam01 Originally uploaded by dahveed76 . Hirra!!!... Estava mesmo agora a pensar... Este blog, mais parece o trânsito em Lisboa, à hora de ponta... ou seja, parado, paradinho... Que tristeza... Peço desculpa... vou recuperar energias e volto em breve, com aquela que será a epopeia dos mares... P.S. - Esperem confortáveis, num qualquer assento que tenha um estofo, razoavelmente fofo. (é um conselho de amiga) ;)

O Kamikaze das Terras Altas!

Estamos nas Terras Altas. No ar corre uma arajem fria. Diego organiza meticulosamente os planos, bem estudados e o material, para pôr em acção um projecto secreto. Já sonha com este dia há mais de 10 anos, quando ainda se ouvia falar, frequentemente da "Pantera Negra" de Lisboa. Nos seus olhos espelhava-se o ódio profundo por um clã, tão diferente do seu. Os tão falados derbys da Capital, só o faziam alimentar esse sentimento que crescia de dia para dia. Já tinha acordado há umas horas e repetiu o ritual de todos os dias... Assim que acorda, canta o hino que lhe preenche o coração e beija o cachecol, que tantas vezes usa com amor e orgulho, enquanto profere os cânticos guerreiros, semi-tribais do seu clã. O Clã das Terras Altas, conhecido pela dedicação quase obcessiva dos seus associados, vista por uns com bons olhos e por outros, com desdém. Diego arranjava sempre forma de calar esses, que por desdém se opunham aos seus ideais. Neste dia, tinha algo muito especial planeado.