IN*Culto

Borboletas. Borboletas de mil cores, todas para ti! Solto-as ao sabor do vento. Voam... Cada vez mais alto. Sonham alcançar as nuvens, Fofas e brancas de algodão, Num céu pintado de azul, Onde mora um Sol amarelo, Que brilha só para ti. Intenso o calor que emana, A luz forte que me ilumina. De coração aberto me prendo, Nas asas de uma borboleta... Uma borboleta de mil cores!

Assombrado. Demasiados fantasmas a vaguear... Perturbam-me o sono. Afugentam-me. Atormentam-me. Sinto-me pequenina. Reduzida a nada... Tão pouco... Insignificância. Esmagada pelas memórias que não me pertencem. Papéis, camisolas, aneis, talões, fotos, cartas, pó, cheiros... Deslocada. Sinto que não me pertence. Inquieta. Fecho os olhos. Outro lugar... Longe! No teu quarto, Fecham-me a porta, Fecho o coração. Tranco-me em mim. Protejo-me. Do teu quarto... Um dia fico. Um dia fujo. Desvaneço. Fico memória. Assombro. Outra!