Ser sublunar

O dia em que o Sol nasceu e vestiu-se de laranja efervescente...
O dia mais quente do ano.
Esse em que subi aos céus, só para te ver,
Escondida entre as nuvens, brindei à tua sublime ternura...
Este ser sublunar, ébrio de emoções, inquieto e curioso...
Espreita-te de longe.
Não ouso tocar-te, com medo de alterar a tua natureza...
Essa natureza ímpar, que faz de ti...
A côr; o som, a imagem, o ponto, o espírito.
Esse dia em que o Mar reflectia como um espelho...
O dia mais brilhante do ano.
Esse em que contei às borboletas, o meu sonho,
De ter umas asas que me levassem mais vezes,
Para perto de ti.
Peço ao vento, de mansinho, o seu sopro,
Na esperança vã, que com ele,
Venhas suavemente...em busca do desconhecido.
A noite em que a Lua se mostrou nua...
A noite mais quente do ano.
Essa em que te encontrei, junto às rochas,
Pensativo e longe, distraído com a vida,
Até que sentiste a minha presença e
Me preencheste com esse sorriso.
Este ser sublunar, ébrio de emoções, inquieto e curioso...
Não voltou a espreitar-te de longe.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

3º Calhau a Contar do Sol

X - Acto

A história mais linda...