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A mostrar mensagens de agosto, 2005

os dias passam...passam

Os minutos passam... as horas, os dias passam...passam, sem que possa fazer algo, para os parar. Queria pará-los contigo a meu lado, para que se eles teimassem em passar...tu permanecesses ali. A agonia infinita do tempo...da falta de tempo...dos tempos que se cruzam a horas diferentes...tão diferentes! Não consigo controlar o crescimento deste sentimento, enquanto os ponteiros do relógio, se unem em direcção à porta...na busca incessante da hora certa, para que se toque a melodia, que não consigo dizer. Porque é tão difícil dizer??? Dizê-lo a ti, que me sorris do teu canto distante. Sussurrar-te ao ouvido, suavemente, naquele instante em que me tocas no cabelo e me beijas. Tantas formas tenho para te dizer, mas será que queres ouvir? Como preferes que te diga? Posso cantar-te baixinho uma música dos Clã...”Só para dizer que te amo...nem sempre encontro a melhor forma...”. Posso declamar um poema, que escrevi sob a Lua e as estrelas, só para ti. Posso gritar pelo megafone, para que tod

E assim vai o País!...

Uma viagem à segurança social, é o suficiente para entender, que muita coisa está mal. Quem espera, desespera, e no meio da confusão, apareceu um acelera, que acabou por fazer uma reclamação. Palavras escritas num caderno que ninguém lê, são preocupações que se trancam nas páginas, de papel branco A4 de 80 gramas... Vindas dos instantes, de chamas, que são minhas e tuas; de todos... mas uns calam, engolem em seco, a códea rija e áspera que lhes deram, num “acto de bondade”, dizem; aqueles que muito dizem e pouco fazem, que lideram uma liderança desleal. Falam muito, na esperança vã, de acreditarem nas próprias palavras, mas no fim... as palavras perdem o sentido, não têm nexo e morrem, uma morte lenta e dolorosa, que só o povo sente! Vocês sabem do que falo!

Boca do Inferno

O telefone tocou umas quantas vezes... deixei-o tocar... aproveitei para ouvir o meu toque, o “Little Sister” dos Queens of the Stone Age, enquanto respirava fundo, para falar calmamente com o Helder ao telefone, até que atendi... meio azeda e distante, entre um “Então tudo bem?” e uma conversa monossilábica, que pouco passou de “Sim” e “Não”, combinámos um encontro para mais tarde. Hoje é o meu aniversário e ele não teve a decência de me ligar a dar os parabéns. Esperei... no local combinado... esperei. Fumei um cigarro... e outro e outro, mas ele nessa noite não apareceu. Estava eu, numa noite de lua cheia, completamente sozinha na Boca do Inferno. Corria uma arajem bem fresca, que vinha do mar. Só se ouvia o som das ondas a baterem nas rochas, com uma violência brutal. Lembro-me que estava escuro, só se conseguiam ver os vultos das rochas esculpidas, que mais pareciam pessoas e uma cruz, no meio do nada. Foi neste ambiente sinistro, que o Helder, me deixou à espera, sozinha. Esfregu