Panquecas

Hoje acordei...para não variar e para não contrariar o Senhor (aquele-que-olha-por-todos-nós-pelo-olho-que-tudo-vê) e acordei, com uma vontade incrível de comer panquecas...
Isso mesmo...panquecas!
Depois, parei para pensar o porquê, deste meu desejo (não estou grávida, só gravemente alterada por um estado de alma sem explicação). Não me lembro de alguma vez ter comido panquecas, daí que questione este súbito desejo por algo que nunca comi... como por exemplo, uma virgem (a cereja no bolo de qualquer homem) ter desejo, por algo que não seja o simples “voyeurismo”, combinado com o nervosismo e a ansiedade, também sentida nos concertos das suas “boysband” favoritas, misturado com o histerismo e arranca-cabelos.
Assim me dispersei do meu desejo inicial...as panquecas, esse desconhecido maravilhoso, que cada vez ficava mais distante e enevoado, porque mais um desvio de desejos, significava chegar atrasada ao trabalho.
Que desculpa arranjaria eu para esse atraso?
Concerteza nenhuma e acabava a “desbroncar-me” em atropelo: “Boss, desculpa o atraso, mas apeteceu-me panquecas para o pequeno-almoço, mas como não sabia porquê, comecei a divagar. Não comi as panquecas, mas apercebi-me que não percebo como é que as mulheres não chegam virgens ao casamento!?”
Já que não havia a possibilidade de comer as ditas panquecas, ainda pensei em fazer um pequeno-almoço típico (café + croquete = 1,20€), no café “O Fofinho”, onde o nada-fofinho do Tó-Zé, desperta sempre com a sua azia matinal de bradar aos céus.
Por falar em céus...para começar bem a manhã, era bom para variar, vislumbrar um Deus do Olimpo, escondido no meio dos condutores carrancudos e obtusos, para me fazer esquecer o desejo das panquecas.
Não percebo! Sempre gostei de crepes... doces...muito doces...mas hoje, decididamente o que faria a minha felicidade seriam as panquecas. Nem mesmo os Donuts da Felisberta me fariam mudar de ideias.
Como se a frustração de não ver o meu desejo satisfeito, não bastasse, ainda descobri que o amor de mãe pode ser de tal forma cruel, que chega a ser indescritível... que o diga uma senhora com quem falei hoje, de seu nome Titulívia (esta brutalidade invadiu o meu ser e vieram-me as lágrimas aos olhos).
Invadiu-me um sentimento de piedade e revolta. Como foi possível a mãe desta senhora, ter tido o péssimo gosto de lhe dar este nome? Mas enfim... são coisas que me ultrapassam...e apenas serviu para me distrair durante meia hora.
Depressa voltou ao meu pensamento as...panqueeeeeeeeeeeeeeecas!


"Aqueles que, para reduzirem magicamente a intensidade do conflito, conseguem afugentar e negar os seus desejos e as suas necessidades, são um pouco como mortos-vivos."
in "A Arte de Comunicar", de Jacques Salomé e Sylvie Gallano

Comentários

Anónimo disse…
Vim agradecer o link embora nao mereça tal elogio.
Mas devo dizer q gosto de homens grisalhos... mas tb te digo, fora a idade... e td igual...

Kisses... n me apetece pankekas... apetece me outras coisas... mas fica feio dize lo
Gina
Moon* disse…
Devo dizer-te que concordo, quando dizes que é tudo igual...mais coisa menos coisa, apesar d' alguns se acharem as pérolas entre os diamantes em BRUTO, mas enfim...
Mereces o link...concerteza que sim...

e quem diz o que quer não merece castigo!

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