Amo-te! (coisas d'homens)

Naquele dia, Madalena jogou tudo para o alto... gritou de fúria e desapareceu, com a mesma velocidade que entrou na minha vida.
Gritou, mas esse grito não se dirigia a mim... a mim ela não disse nada, absolutamente nada... apenas desapareceu. Já me tinha dito várias vezes, em tom de aviso, que ou as coisas mudavam ou ela desaparecia... nunca acreditei... não fiz caso... pensei que fosse o “bluff” típico das mulheres, que raramente têm coragem de o tornar realidade, mas a Madalena, afinal... não estava a fazer “bluff”. Ela não!...
Fui cobarde! Admito que fui... a única mulher que amei até hoje... deixei-a ir, sem dar luta... baixei os braços... não acreditei que ela me deixasse... mas não me esforcei para que ficasse. Faltou dizer-lhe... tantas vezes, quando a olhei nos olhos, no silêncio da noite, na loucura do momento, na ternura de um abraço... faltou dizer-lhe, o que ainda hoje me custa dizer.
Não consigo! Já tentei imaginá-la mais uma vez à minha frente e poder dizer-lhe o que lhe disse, tão poucas vezes... vezes insuficientes, para aquilo que sentia.
Já tentei esquecê-la por diversas vezes, com a Maria, com a Cristina, até com a “bomba” da Vanessa, mas não é a mesma coisa... é tudo tão diferente... até o prazer é curto. A Madalena era diferente... aquele olhar, o sorriso, o beijo, o toque.
Fugia das palavras, daquilo que sentia, porque achava que só podia estar errado... os homens não podem ser fracos desta forma... não são... não podem... mas somos... eu sou!
Queria a Madalena, como nunca quis outra mulher. Queria-a do meu lado, mas quanto mais a queria, mais a afastava.
Preferia as noitadas com os amigos, a gabar-me das minhas mais recentes conquistas.
Contar-lhes em como a “bifa” da Fiona, me queria arrancar da pista de dança, para o recanto mais escuro da disco, para uma festa a dois ou a “barwoman” (acho que se chama Carla, mas não tenho a certeza) que me deita sempre uns olhares fulminantes e convidativos. Claro está, que nunca pago as bebidas.
Fazia tudo isto sem pestanejar, enquanto “mamava” o máximo de “jolas” possíveis, para esquecer o grande cobarde que sou e para não me lembrar, que era com a Madalena que queria estar.
As noites eram uma loucura... eram mesmo... eu conservado álcool, com as melhores “gajas” do grupo... eram mesmo as melhores noites... até começar a ressaca e com ela vir o peso na consciência. No dia a seguir, mal conseguia olhar a Madalena, nos olhos lindos que ela tinha... era demasiado doloroso. Ela percebia o que se passava... mas não sabia de tudo... não sabia o motivo... mas isso não interessava, porque não era desculpa para o meu comportamento e eu nunca lhe disse aquilo que sentia... aquilo que por mais mulheres que tivesse, era só por ela que sentia. E agora???
Agora ela deixou-me... desapareceu com a mesma velocidade que entrou na minha vida e nunca mais consegui saber nada dela... nem onde está, nem o que faz...
Sei que isto me vai atormentar toda a vida, por isso é que escrevo estas memórias... na esperança que as possas ler, estejas onde estiveres Paixão... linda Madalena...
Digo-te o que tantas vezes te quis dizer e não disse...
Amo-te!


"Os homens também choram!" - pensem nisso...

Comentários

Unknown disse…
Os homems choram, claro que choram e sabes porquê? porque tem sentimentos, e não são frios..mas...mas...por vezes são os cobardolas..e não são capazes de ser honestos...acho que no deve e no haver o resultado é 10 -10
Unknown disse…
ah beijo...
Moon* disse…
Isso é um empate e como no meu Universo, não podem existir empates... olha...
vamos a prolongamento e que ganhe o melhor!!!

ihihihihihihi

beijo para ti tb amigo...

Mensagens populares deste blogue

3º Calhau a Contar do Sol

X - Acto

A história mais linda...