Ess'émiesses - SMS - Síndroma da Mensagem s/ Sal

Ía eu, numa usual aventura automobilística matinal...como sempre, quando me vi farta de um qualquer CD, que já ouvi um milhão de vezes e passei rapidamente para a rádio, mais concretamente para a Antena 3.
Nesta pérola de canal, com um dos melhores programas matinais de todos os tempos e passo a citar “Há vida em Markl”, com o alternativo, de humor inteligente, Nuno Markl, com a Ana Lamy e o José Carlos Araújo (adorei a reposição que fizeram há uns tempos de um sketch do Herman alusivo ao National Geographic).
Nesse dia, o Markl, falava da banalização do abraço, com o monopólio da comunicação através das mensagens escritas, ou seja, o facto de se terminar a mensagem, independentemente do grau de parentesco ou proximidade afectiva dos intervenientes, com um abraço ou beijos. Ele falava de como as pessoas acabam por perder a ligação com a realidade, com a utilização abusiva deste meio de comunicação, algo impessoal.
A verdade é que “dar uma” de atencioso e simpático, enviando abraços e beijos, para todas as pessoas, como se não houvesse amanhã, está na moda; no entanto, depois para passar das palavras aos actos é que a “coisa” se torna complicada.
Pensem bem:
Imaginem que vos enviava (para aqueles que me leêm e que não me conhecem pessoalmente) um sms a dizer. “Queria agradecer o sacrifício que fazes sempre que podes. Ler-me é um acto de coragem. Obrigado. Um abraço.”
Um abraço?
Mas que raio!?...
Se se conhece a pessoa para quem enviamos a sms e se a intenção é apenas antecipar aquilo que será transposto para acção... é uma coisa, agora se não há qualquer intenção de se cumprir essa pseudo-acção... enfim... mais valia estarem quietos.
Tenham dó!... depois de reflectirem nesta questão, vão chegar à mesma conclusão...
não basta dizer... há que fazer, meus amigos!
Nós queremos é acção!!!
Se o problema é de garganta, há umas boas pastilhas à venda nas farmácias (Valda ou Mebocaína Forte-que é o que se quer).
Quantas vezes não nos estamos a despedir de alguém, depois de termos ido para os copos e depois dos beijos de despedida (acção), ainda soltamos um “adeus e beijos”(palavras ao vento)... tal é o hábito... e como o “hábito” faz o monge... somos uma cambada de monges... alguns castrados, que são aqueles que saltam a parte da acção.
O Markl referiu também a questão das abreviaturas e ora vejam...
Já não basta existirem abreviaturas para todas as palavras do alfabeto e para mais algumas inventadas sob pressão, em horas críticas, como também existem para as demonstrações de carinho (bjo, bj, bjs, bjão, bjões, *, abço, (), etc...).
Quer-se com isto dizer, que para além de não existir intenção e/ou vontade de passar das palavras à acção, como também, se dão as palavras pela metade, como se o facto de escrever as palavras inteiras fosse demais.
Deixa-me só mandar-lhe um “bjo” para não achar que estou a abusar, ou do tipo, deixa cá enviar-lhe um “bj”, não vá pensar que estou com segundas intenções.
Na realidade, na hora “H”, quando formos realmente agir... vamos dar concerteza um BEIJO e não um BJ, ou será que um BJ é só com um lábio?
Enfim... eu cá prefiro BEIJOS e ABRAÇOS, cheios de acção e boas intenções (daquelas das quais, está o Inferno cheio).

“Td bem, vou fikar por aki...p ñ vos massacrar...p a próxima há +. 1() e 2*”

Comentários

Unknown disse…
um grande abraço, e um enorme beijo.
o que tens sobre a alienação total do ser humano ou seja de uma geração que morreu e ng lhe disse ainda! achas que as gerações de agora sabe que para "coisar" entendes...é preciso proximidade, que por sms, não dá...
tenho um sobrinho que não entende para que tem de comprar preservativos por causa da sida, não acredita que a apanhe atraves do lelemovel..mas mesmo assim protege o telemovel..com o dito.

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