Pesad(elo)

Arrancaste de mim a felicidade que muitos invejavam... Arrancaste-a sem pudor, sem sentimento...
Fechaste em mim, uma porta tão dificil de abrir...
Fechaste os olhos e fugiste... abandonaste o barco, quando ainda navegava a todo o gás... varreste-me para o canto... para o cantinho.... sem explicação... sem “Adeus” ou “Até já”... sem palavras, nem gestos... apenas um imenso silêncio ensurdecedor, que não suporto e me deixa louca... louca de tristeza e de incoformidade...
No meu cantinho, mora a mágoa... o cantinho, tão gentilmente cedido pelo Amor...
mora nele, agora, a mágoa e paga renda... uma renda tão alta, que temo não conseguir pagá-la, por muito tempo...
Quero apenas encontrar a resposta... o sossego... a Paz... para viver uma outra Primavera, entendes?
Quero sair deste Inverno, que me afunda um pouquinho todos os dias...
Dizem-me, vezes sem conta: “Falta-te o brilho nos olhos que sempre vi, onde me reflectia”... falta-me o brilho...
Gabam-me a beleza... mas as palavras são diferentes... soam diferente e perdem o significado... não sei que significado dar a tudo isto... um vazio...
Sou um simples peão no teu jogo de Xadrez, no entanto desconheces a minha natureza... desconheces as estranhas forças que me encontram, quando atinjo o último degrau... é aí que renasço... das cinzas... da dor... para te dar dor maior... mostro-te o espelho, que te assusta... vês nele o reflexo... o teu reflexo... a perplexidade estática do egoísmo e egocentrismo... o espanto do pequeno monstro sem valores... sem coração... não te corre sangue nas veias e o teu corpo é frio...
Fecho os olhos e deixo-me dormir...
Amanhã quando acordar... Tudo, foi apenas um pesadelo...
Um cruel pesadelo... que um dia será teu!...

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