Amor (estás aí?)

Quem é que nunca sofreu por Amor?
Serão poucos aqueles que responderão que nunca sofreram por Amor.
O Amor faz parte da vida e como tal, ao longo da vida vamos amando, com mais ou menos intensidade, mas existirão sempre pessoas que nos marcam profundamente, de uma forma ou de outra.
Hoje em dia, noto cada vez mais, que as pessoas têm muito medo da entrega.
Têm medo de sair magoadas, de se envolverem demais, até ao ponto sem retorno.
Aquelas que têm a audácia de desafiar tudo e todos, ou talvez sejam mais inocentes, acabam mesmo por se quebrarem a valer.
O Mundo onde vivemos, já não está disposto a esse tipo de sentimentos... não há tempo, não há disponibilidade... há stress, há fases das más, há problemas, há “coisas para fazer”...
As relações são enganos, prolongados ou não, que mais tarde ou mais cedo, se desfazem.
Continuam a fazer-se promessas do “para sempre”, mas quem as diz, sente um nó na garganta nessa altura.
É tudo tremendamente mastigado até à ruptura, até duas pessoas já não se conseguirem olhar nos olhos.
Hoje em dia, está na moda o “toca e foge”. Uma moda que tem vindo a ganhar muitos adeptos ao longo dos tempos. São aquelas relações que duram um piscar de olhos.
Uma saída à noite, uma “queca” num canto escuro qualquer, um “adeus, até sempre”.
O que é feito do Amor?
Não, não estou a perguntar (para quem conhece) pelo António Manuel Oralindo Ruas, esse grande ícone português, que já povoou este blog, com uma das suas histórias.
Pergunto pelo verdadeiro sentimento... o puro e duro Amor... o que é feito dele?
Será que não o sentem no vosso coração?
Será que nunca amaram ninguém, nem que seja a vossa mãe ou o vosso pai?
O que será deste Mundo sem o Amor?
Há pessoas que vão construindo relações, durante longos anos... daquelas que nos fazem esquecer que existe Mundo lá fora, por que está tão bom aqui “junto a ti” e depois, de um momento para o outro, vêem tudo a desmoronar-se, porque existem dúvidas, existem fases das más, existem problemas e “coisas para fazer”... tantas coisas para fazer... tanta falta de tempo e de coragem, para fazer com que o tempo dure para SEMPRE.
Há quem se arrependa de não ter feito uma pausa, nas fases (das más), nos problemas e na falta de tempo, porque acabou por perder algo muito maior e melhor que tudo isso... Amor e é tão mau perder Amor.
Há quem tome consciência dos erros, quando já é tarde demais e depois de ter esgotado todas as oportunidades para se redimir.
Há também pessoas a quem o Amor é arrancado de forma cruel, porque a Vida prega-nos partidas terríveis, que muitas vezes não podemos controlar, nem contornar.
O Amor não se procura... encontra-se!!!... Encontra-nos!
Uma vez disseram-me isto em relação à felicidade... quanto mais a procuramos, mais ela nos foge, no entanto quando nos distraímos nessa procura, ela acaba por encontrar-nos e assim acontece com o Amor.
O importante é estar com atenção no momento certo, para agarrá-lo com unhas e dentes e para aceitá-lo de coração.
O importante é saber viver, mesmo quando os ventos não correm de feição e ele não nos encontra.
Neste momento quero respirar Amor... quero aceitá-lo de coração aberto e experimentar, essa tal de Felicidade que me bateu à porta, um dia destes e eu abri-a a medo... com medo que me assaltassem ou maltratassem... era só a Felicidade, que vinha de braço dado com o Amor, sorriram e pediram licença para entrar... e eu deixei, de braços abertos para os receber!


O que me têm a dizer sobre isto?