De que és feito?

Queria achar em mim a força,
A força que me arrancaram,
De dentro para fora!
Achar o sentimento indestrutível,
Que destruíram com uma arma de baixo calibre...

Deram-me uma dentada a sangue frio.
Fincaram-me os dentes e arrancaram-me o núcleo,
A minha razão, o meu porto de abrigo.

O discernimento mantenho-o,
Para continuar com os pés no chão e
Seguir em frente com mais uma batalha,
Sozinha e de mente incansável,
Sigo em frente em direcção a algo...

Indefinido e momentaneamente sem sentido,
O Futuro, revelar-se-à perante os meus olhos,
Traídos por uma imagem falsa de felicidade.

Vou esperar a minha oportunidade,
Quando descobrir onde pertenço,
Porque a minha escolha na verdade,
Tem sempre um sabor amargo e denso.

De que és feito tu Amor,
De que és feito?

Duma densa névoa fria e impenetrável?
Incapaz de gritar sentimentos ao Mundo?
Cruel e sem palavras, sem gestos de ternura?

És feito de cinza, pó de escárnio!
És feito de incerteza e insegurança!

És feito de nada,
Pequenos pedaços de nada!


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