Crónicas de um Amor crónico

Introdução

O Amor mata!
Se costumam dizer que o que não mata engorda e se como todos sabemos, o Amor não engorda, só pode matar.
Quando corre bem, tem sempre muito exercício à mistura e quando corre mal, enfim, há uma tendência para se emagrecer.

É do desgosto, dizem!
É o começo do fim. É quando o nosso coração que sofre de um amor crónico, começa a batalhar para continuar cheio... cheio desse amor, cuja alma gémea e respectivo coração gémeo já abriu mão e já fez “delete”.

Hoje em dia é tão simples, para alguns, como fazer “delete”. Um gesto despreocupado, banal, um jogo de dedos no teclado da Vida.

O Amor crónico, não se desprende... vive para sempre e “forever young”, raramente padece por esquecimento.

O Amor crónico, vive uma Vida toda em nós e por muitos nomes e intensidades que tenha, quase sempre mata, uma e outra alma, que a muito custo acabará por se reconstruir das cinzas.

Na realidade para a ascensão ser “em grande”, temos de ir ao fundo mais profundo e escuro da questão.

Só aí deveremos agarrar na corda que trazemos ao ombro e salvar-nos do fundo do poço.

A dor crónica está ligada ao Amor crónico, como filha e pai.
A dor crónica de tenra idade é de tal forma aguda, que parece rasgar o peito.

Todo o Amor crónico tem um início de Vida vigoroso, pujante e arrebatador. Tem sempre uma historia única de amor à primeira vista ou de “clicks”, duma química evidente e com misturas em ebulição.

O Amor crónico está em vias de extinção e para vos provar isso, vou deixar registada a minha história.

Chamo-me Clara, tenho 30 anos e tive 5 anos de Amor crónico.


(continua)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

3º Calhau a Contar do Sol

X - Acto

A história mais linda...