Rosas - um amor que nem a morte separa
Perdi-me naquele dia de Sol... Num dia que apesar de estar um Sol quente de Verão, senti-me no mais profundo e rigoroso, dos invernos. Tinha ido fazer aquilo que faço todos os Domingos. Peguei no carro e conduzi-me até ao Cabo da Roca, onde ía pedir ao mar que fizesse chegar as flores até ti. A ti que te tinha perdido, num dia de chuva e tempestade. Esquecer-te estava a tornar-se uma tarefa impossível, apesar de todos me dizerem que para meu bem, tinha de deixar-te partir. Este ritual estava a destruir-me, diziam muitas vezes, principalmente quando pensavam que eu não estava a ouvir. A verdade é que nunca me perguntaram porque o fazia... sempre se preocuparam mais com eles, do que comigo. Ainda hoje fecho os olhos e imagino-te a dormir e ainda consigo fazer os teus retratos a sépia, com o mesmo pormenor que sempre os fiz e são eles que dão vida à minha vida. São eles que te mantêm vivo e perto. Por vezes penso, que tal como tu, não devia ter acordado naquele dia e ainda hoje estaríamos...